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A Polícia Federal apreendeu ontem, por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de 1 milhão de panfletos que pregam voto contra Dilma

PF apreendeu 1 milhão de folhetos em empresa que pertence à irmã de um coordenador de campanha de Serra, A preensão foi decidida pelo TSE

Já passava das 2 da manhã desse domingo dia 17. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão - para evitar a distribuição dos panfletos (supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff.

Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.

Com ajuda de alguns contatos conseguimos encontrar uma conexão entre os donos da gráfica com o mundo político

Stanley Burburinho, Carlos Teixeira e o Jornalista Nata fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!


Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo,
irmã de um coordenador de infra - estrutura da campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi, Arlety Satiko Kobayashi é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda, localizada no Cambuci, na capital paulista, A empresária é filiada ao PSDB desde março de 1991, segundo registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


O problema em questão é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que "coincidentemente", favorecem ao candidato do partido dela.

Detalhe: Arlety é funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo.
E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi.
Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.

Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008, Victor concorreu pelo PSDB.
A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:

- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?

- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?

- onde seriam distribuídos os panfletos?

- onde estão os outros milhares de panfletos?

Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nessa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa - jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido "moderno", que renovasse os costumes políticos do país.

Serra lançou esse passado no esgoto - e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mas não é só isso!

Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?

De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista).
Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.

Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais. É caso de polícia. E não de religião.

 Nota da Regional Sul I 
Em nota, os bispos do Regional Sul I afirmaram que não patrocinam a impressão de panfletos contra e a favor de candidatos.
Os bispos afirmam que não indicam ou vetam candidaturas.
Segundo a nota, assinada pelo presidente da regional, D. Nelson Westrupp, a entidade "recomenda, enfim, a análise serena e objetiva das propostas de partidos e candidatos, para que as eleições consolidem o processo democrático, o pleno respeito aos direitos humanos, a justiça social, a solidariedade e a paz entre todos os brasileiros”.

O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos", diz a nota divulgada ontem em Indaiatuba (SP). Os bispos que comandam a regional não quiseram falar após a apreensão dos panfletos.

Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas para redigir a nota que demonstra o recuo da regional.





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